segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Festim Diabólico




(Rope - 80 min. - EUA - 1948)



Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Hume Cronyn e Arthur Laurents, baseado em peça de Patrick Hamilton
Produção: Alfred Hitchcock e Sidney Bernstein
Música: David Buttolph
Direção de Fotografia: William V. Skall e Joseph A. Valentine
Direção de Arte: Perry Ferguson
Figurino: Adrian
Edição: William H. Ziegler

Elenco
James Stewart (Rupert Cadell)
John Dall (Brandon Shaw)
Farley Granger (Phillip Morgan)
Cedric Hardwicke (Sr. Kentley)
Constance Collier (Sra. Atwater)
Douglas Dick (Kenneth Lawrence)
Edith Evanson (Sra. Wilson)
Dick Hogan (David Kentley)
Joan Chandler (Janet Walker)

Sinopse
Brandon (John Dall) e Philip (Farley Granger) matam David Kentley (Dick Hogan), um colega da escola preparatória, apenas para terem a sensação de praticar um assassinato e provar que conseguem realizar o crime perfeito. Para desafiar os amigos e a família, resolvem convidá-los para uma reunião no apartamento deles, onde colocam a comida em cima de um baú e dentro do mesmo está o corpo da vítima.



Curiosidades
- Festim Diabólico foi o primeiro filme colorido do diretor Alfred Hitchcock.
- O filme foi todo realizado em tomadas de 10 minutos e editado de tal forma que se tem a impressão que não houveram cortes durante as filmagens.
- Em Festim Diabólico, ao invés de Hitchcock aparecer numa ponta, como em vários outros filmes dirigidos por ele, surge aos 55 minutos apenas seu logotipo em um letreiro de néon, que pode ser visto através da janela do apartamento onde ocorre toda a ação.- A estória de Festim Diabólico foi inspirada no caso Leopold-Loeb, dois estudantes da Universidade de Chicago que cometeram um assassinato de forma bem parecida com a mostrada no filme.
- Festim Diabólico esteve inacessível ao público em geral durante décadas. Isto porque Hitchcock comprou de volta os direitos de 5 de seus filmes e os deixou de legado para sua filha. Estes filmes receberam o apelido de "os 5 filmes perdidos de Hitchcock" e apenas estiveram novamente ao alcance do público em 1984, quando foram relançados nos cinemas, com uma distância de quase 40 anos desde seu primeiro lançamento. Os demais filmes do pacote eram Janela Indiscreta (1954), O Homem Que Sabia Demais (1956), Um Corpo Que Cai (1958) e O Terceiro Tiro (1955).

No Último Sábado

A reunião do Cineclube foi ótima.
Em outubro voltaremos em reunião de sábado. Não Perca !

Quarta, dia 26, nova atividade do Cineclube. Hitch

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Encontro Marcado com o cinema de Fernando Sabino e David Neves


POETAS

O Fazendeiro do ar apresenta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) mais carioca que itabirano, falando das raízes mineiras (da fixação sentimental pelas origens), admirando a vista da Pedra do Arpoador e brincando de esconder entre as pilastras do Ministério da Educação - onde foi chefe de gabinete do ministro Gustavo Capanema. O poeta aparece como prosaico passageiro do coletivo que o conduzia de sua casa, no Posto 6, ao centro da cidade para trabalhar como funcionário público.
Poesia, música e amor flagra Vinicius de Moraes (1913-1980) em sua fase baiana, ao lado de Toquinho, Maria Creuza, Aloysio de Oliveira, a mulher Gesse e do inseparável copo de uísque, sob o disque-disque dos coqueirais de sua idílica Itapoã. Fala de suas características poéticas (O pronome da primeira pessoa vem sendo, pouco a pouco, substituído pela terceira) e assume as influências de Rimbaud, Baudelaire, Verlaine e Manuel Bandeira. O filme mostra Vinicius acompanhando-se sozinho ao violão em sambas de sua lavra, como Quando tu passas por mim.
O habitante de Pasárgada – instantâneo do Cinema Novo sob as lentes de Joaquim Pedro - apresenta um Manuel Bandeira (1886-1968) solitário, de hábitos frugais: sopra a boca do fogão em busca de um café fresco, de pijama, escreve à máquina; compra jornais e leite nas redondezas, caminha pela Avenida Rio Branco; e recita seus próprios versos, que saltam de sua imensa generosidade como os pães da torradeira no apartamento na Lapa.
O curso do poeta, com João Cabral de Melo Neto (1920-1999), propõe uma metáfora da obra do autor de Morte e vida Severina com as águas do Capibaribe (a cidade é passada pelo rio / como uma rua é passada por um cachorro / uma fruta por uma espada), incorporando a produção do poeta à paisagem do Recife e demais localidades de Pernambuco. Cabral tece loas às cabras e pedras do sertão de Pernambuco, bem como às usinas e canaviais da Zona da Mata. Dirigido por Renato Newman, o filme mostra o poeta no auditório da Cinemateca do MAM, no Rio
Informações:

O DVD "Encontro Marcado com o cinema de Fernando Sabino e David Neves" reúne 10 curtas, realizados em 35 mm, com dez minutos de duração cada, retratando alguns dos maiores escritores brasileiros de qualquer tempo.
São instantâneos pessoais de rara intimidade flagrados em momentos tão preciosos quanto banais, por sua ambiência doméstica – com Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Vinicius de Moraes, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Érico Verissimo, José Américo de Almeida, Afonso Arinos, Pedro Nava, além do curta de Joaquim Pedro de Andrade com Manuel Bandeira."
Texto de Julio Moura
http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_produto_cada.php?id=256

Novidades de setembro

A reunião de sábado, dia 22 será sobre Livros / Cinema.
No dia 26, quarta-feira, o filme de Hitch.
Espero sua participação nas duas reuniões !

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Próxima reunião

Estamos mudando para os sábados...
Nossa reunião de setembro:
Dia 22 às 10hs, manhã.
Apareça !

Alfred Hitchcock




Alfred Joseph Hitchcock
* 13 de Agosto de 1899 Inglaterra
+ 29 de Abril de 1980
Filmografia
1976 - Trama diabólica (Family plot)
1972 - Frenesi (Frenzy)
1969 - Topázio (Topaz)
1966 - Cortina rasgada (Torn curtain)
1964 - Marnie - Confissão de uma ladra (Marnie)
1963 - Os pássaros (The birds)
1960 - Psicose (Psycho)
1959 - Intriga internacional (North by northwest)
1958 - Um corpo que cai (Vertigo)
1958 - O homem errado (The wrong man)
1956 - O homem que sabia demais (The man who knew to much)
1956 - O terceiro tiro (The trouble with Harry)
1955 - Ladrão de casaca (To catch a thief)
1954 - Janela indiscreta (Rear window)
1954 - Disque M para matar (Dial M for muder)
1952 - A tortura do silêncio (I confess)
1951 - Pacto sinistro (Strangers on a train)
1950 - Pavor nos bastidores (Stage fright)
1949 - Sob o signo de capricórnio (Under capricorn)
1948 - Festim diabólico (Rope)
1947 - Agonia de amor (The paradine case)
1946 - Interlúdio (Notorious)
1945 - Quando fala o coração (Spellbound)
1943 - Um barco e nove destinos (Lifeboat)
1943 - A sombra de uma dúvida (Shadow of a doubt)
1942 - Sabotador (Saboteur)
1941 - Suspeita (Suspicion)
1941 - Um casal do barulho (Mr. and Mrs. Smith)
1940 - Correspondente estrangeiro (Foreign Correspondent)
1940 - Rebeca, a mulher inesquecível (Rebecca)
1939 - A estalagem maldita (Jamaica inn)
1938 - A dama oculta (The lady Vanishes)
1937 - Young and innocent
1936 - O marido era o culpado (Sabotage)
1936 - O agente secreto (The secret agent)
1935 - Os 39 degraus (The 39 steps)
1934 - O homem que sabia demais (The man who knew too much)
1933 - Waltzes from Vienna
1932 - O mistério número 17 (Number seventeen)
1932 - Ricos e estranhos (Rich and strange)
1931 - The skin game
1929 - Assassinato (Murder)
1929 - Juno and the Paycock
1929 - Chantagem e confissão (Blackmail)
1929 - O ilhéu (The manxman)
1928 - Champagne
1928 - A mulher do fazendeiro (The farmer`s wife)
1927 - O ring (The Ring)
1927 - Easy virtue
1927 - Downhill
1926 - A story of the London fog
1926 - The lodger
1926 - The mountain eagle
1925 - The pleasure garden
Prêmios
- Recebeu 5 indicações ao Oscar de Melhor Diretor, por seu trabalho em Rebeca, A Mulher Inesquecível (1940), Um Barco e Nove Destinos (1943), Quando Fala o Coração (1945), Janela Indiscreta (1954) e Psicose (1960).
- Recebeu uma indicação de Melhor Filme, por ter sido um dos produtores de Suspeita (1941).
- Ganhou o Prêmio Irving G. Thalberg Memorial em 1968, concedido pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas.
- Ganhou o Prêmio Cecil B. DeMille, dado pelo Globo de Ouro em 1972.}
- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, como Melhor Diretor por seu trabalho em Frenesi (1973).
- Recebeu do American Film Institute um prêmio por sua obra cinematográfica.
- Recebeu do Director's Guild of America um prêmio por sua obra cinematográfica.
- Ganhou do National Board of Review o prêmio de Melhor Diretor, por Topázio (1969).
Curiosidades
- Filho de William e Emma Hitchcock, Alfred foi criado debaixo de uma rígida formação católica.
- Em 1915, foi trabalhar na Henley Telegraph and Cable Company, sendo que já em 1919, aos 20 anos, começou sua carreira no cinema, ao conseguir um emprego de designer de inter-títulos no estúdio da Players-Lasky, em Londres. Lá ele aprendeu a roteirizar, editar e também direção de arte, e em 1922 se tornou assistente de direção.
- Neste mesmo ano, dirigiu Number Thirteen ou Mrs. Peabody, que nunca foi finalizado. Seu primeiro longa-metragem completo como diretor foi The Pleasure Garden, uma produção anglo-germânica de 1925, filmada em Munique.
- No ano seguinte, filmaria The Lodger, que sintetiza muito da sua obra, pois além da trama ser sobre um protagonista inocente que é falsamente acusado e acaba sendo envolvido em uma rede de intrigas, este filme também marca a primeira aparição do diretor. Estas aparições inclusive se tornaram uma marca, tanto que com o passar dos anos Hitchcock aparecia mais no início dos filmes, pois a audiência ficava tão preocupada em vê-lo que desviava a atenção da trama. Assim, em filmes mais recentes, ele normalmente surge logo no início do filme e de uma maneira que é fácil localizá-lo.
- Já em 1929, filmaria Chantagem e Confissão, que se tornou seu primeiro filme falado, apesar de ter sido inicialmente concebido para ser mudo. Em 1939, dirigiria A Estalagem Maldita, que marcaria o fim da chamada "fase inglesa". No ano seguinte, começaria com o pé direito sua "fase americana", ao filmar Rebecca – A Mulher Inesquecível, que ganhou o Oscar de melhor filme e deu para Hitchcock sua primeira indicação ao Oscar.
- Ele também foi indicado por Um Barco e Nove Destinos, Quando Fala o Coração, Janela Indiscreta e Psicose, mas nunca ganhou um Oscar. Em 1967, recebeu da Academia o prêmio Irving G. Thalberg, pelo conjunto da sua obra. Além dos títulos citados, filmes como: A Dama Oculta, Correspondente Estrangeiro, Suspeita, Sabotador, A Sombra de uma Dúvida, Interlúdio, Festim Diabólico, Pacto Sinistro, O Homem que Sabia Demais, Um Corpo que Cai e Os Pássaros foram responsáveis por inspirar uma nova geração de cineastas e revolucionar o suspense. Na verdade, foi Hitchcock quem melhor definiu a diferença entre mistério e suspense. Enquanto que no primeiro ninguém sabe o que está para acontecer, no segundo apenas os personagens da trama desconhecem os acontecimentos, enquanto a platéia presente sabe o que está para acontecer.
- Por tudo isto, Alfred Hitchcock ficou conhecido no mundo inteiro, e mesmo quando em 29 de abril de 1980 se noticiou que o "Mestre do Suspense" falecera em Los Angeles, ninguém negou que sua obra continuaria cada vez mais viva com o passar dos anos.
- Nunca ganhou um prêmio por melhor direção no Oscar, apesar de ter sido indicado 5 vezes.
- Entre 1920 e 1922, Alfred Hitchcock trabalhou em 12 filmes, exercendo sempre a função de designer de inter-títulos. Eis a relação completa: The Call of Youth (1920), The Great Day (1920), Appearances (1921), The Bonnie Brier Brush (1921), Dangerous Lies (1921), The Mystery Road (1921), The Princess of New York (1921), Love's Boomerang (1922), The Man From Home (1922), Spanish Jade (1922), Tell Your Children (1922) e Three Live Ghosts (1922).
- Costumava dizer a seguinte frase: "Ator para mim é como gado!".
- Desde The Lodger (1926), Hitchcock faz ao menos uma aparição em seus filmes.
- Na Lista Britânica de Honra do Ano Novo de 1980 foi nomeado Cavaleiro Comendador do Império Britânico.